“ O sucesso da sua empresa depende de líderes que constroem valor para o futuro da organização e, ao mesmo tempo, executam seus objetivos de curto prazo.
1. PERSPECTIVA FINANCEIRA
O orçamento anual funciona como um contrato entre a empresa e seus líderes sêniores. No contrato as cláusulas incluem as metas de vendas por produtos e serviços, os custos e margem de contribuição, os limites de despesas para cada área com seus respectivos centros de custos, e finalmente, a geração de caixa que deverá ser crescente no tempo. A perspectiva financeira deverá ser marcada pela austeridade. Na prática, o que foi planejado deverá ser cumprido, sem desculpas nem surpresas.
A “fotografia” final do orçamento que foi determinado para o ano fiscal será vital para composição do capital de giro que financiará a operação.
A composição das linhas de crédito, seja através de terceiros ou capital próprio, deverão estar em conformidade com tamanho do capital de giro exigido. Essa etapa do planejamento estratégico é a principal causa de morte das empresas. Se a empresa não tem linhas de crédito disponíveis ou compatíveis para cumprir o orçamento determinado para o ano fiscal, reduza as metas do orçamento até que caiba dentro das linhas de crédito disponíveis. O não cumprimento desse conceito simples e básico certamente levará a empresa à morte.
A perspectiva financeira determinará também os investimentos. Sempre, invariavelmente, os investimentos com impacto direto na margem ebitda deverão ser priorizados.
O DRE - Demonstrativo de Resultados ( com análises vertical e horizontal ) é a única e mais importante ferramenta de gestão para tomada de decisões. Sobre o DRE serão geridos o fluxo de caixa ( OPEX ) e também os desembolsos relacionados aos investimentos ( CAPEX ).
2. PERSPECTIVA DA INOVAÇÃO
Não existe a possibilidade de perenizar a empresa sem investimentos na Marca e Inovação. A única ferramenta que demostra que a empresa está inovando é o “roadmap" de novos produtos e serviços, seguidos de seus respectivos “business plans”.
Toda empresa, ao logo do tempo que determina sua existência, passa por um ciclo natural de crescimento, sustentação e declínio. Antes do declínio, a empresa deverá inaugurar outro ciclo que é chamado de ponto de inflexão. A empresa sem o “roadmap” com respectivo “business plan” entra na fase de declínio e não consegue reverter pelo fato de perder sua capacidade de financiamento, entrando no endividamento irreversível, portanto, fatal.
“ A inovação é o único escudo protetor para perenidade da empresa.
Empreendedores que não entendem que a inovação é a essência do planejamento estratégico, ficam estancadas no quadrante de menor preço e nunca progridem para outros quadrantes mais saudáveis e rentáveis como :
3. PERSPECTIVA DA MARCA
A empresa que não investe na Marca não é uma empresa, é apenas um negócio que remunera ( salário ) o empreendedor, seu dono.
A trajetória contínua da construção da marca exige coerência e consistência. O destino final é sua reputação que é vulnerável, ou seja, sempre com prazo de validade curto. Para conquistar reputação, a empresa passará por 3 fases :
Reconhecimento ( awareness )
Preferência
Convicção
Para monitorar se está no caminho certo existe apenas um indicador denominado satisfação do cliente. O cliente satisfeito promove sua marca. O insatisfeito arrebenta ! Não existe meio termo, porque nesse meio termo a marca não será lembrada, por isso a escolha é da empresa sobre satisfação do cliente no nível de recomendação ou a miséria !
A excelência operacional é quem gera o impacto mais significativo na Marca já que cumpre fielmente ( ou surpreende ) a promessa feita no ato da venda para o cliente.
“ Produtos e Serviços vem e vão, a marca fica !
Promova sua Marca. Nunca classifique sua Marca como uma conta de despesa. Cada cliente que vem pela exposição da Marca tem:
A cada R$1,00 investido na Marca, o retorno é exponencialmente maior ao longo dos anos. Não investir na Marca significa simplesmente que a empresa não confia nela própria. Nesse caso, decida por ser apenas um acumulador e não um empreendedor.
“ A marca é o mais valioso ativo do empreendedor
Para compreender se a marca está progredindo nos seus estágios de Reconhecimento ( awareness ), Preferência e Convicção há a exigência de uma pesquisa formal elaborada e executada por um profissional. Através da pesquisa você monitora seus clientes promotores e clientes detratores. Monitora também alterações nos fatores críticos de sucesso, ou seja, quais fatores são mais relevantes quando seus clientes interagem com empresas que vendem produtos e serviços equivalentes aos o que você oferece. A pesquisa também permite identificar quais concorrentes melhor atendem tais fatores críticos de sucesso, e por isso, estão melhores posicionados.
4. PERSPECTIVA DOS PROCESSOS INTERNOS - QUALIDADE & PRODUTIVIDADE
Cada líder deverá ser contratado e responsabilizado como "líder de processo" e por isso está implícito na sua função, e também na sua remuneração, o desenho detalhado dos processos, rotinas, instruções de trabalho e principalmente os indicadores ( KPIs ) que irão monitorar seu progresso e, consequentemente sua produtividade.
A orientação a processo cultiva e dissemina naturalmente uma cultura de melhoria contínua pelo fato de exterminar os erros recorrentes na sua causa, nunca no seu efeito. A atitude mais comum do líder despreparado é resolver o problema no efeito. Nesse caso, livre-se do seu líder rapidamente.
Todo processo deverá combinar Pessoas, Processos e Tecnologia. Não existe nenhuma possibilidade de sucesso sem a calibração entre essas três variáveis. A aplicação da tecnologia no negócio deverá ter como base um ERP, cuja única e exclusiva função é automatizar e descentralizar os processos internos. Ao mesmo tempo a aplicação tecnológica deverá promover uma outra estratégia essencial para o futuro da empresa, que é a estratégia de menor custo. É um fenômeno simples de identificar, já que a sua materialização dá-se pela substituição de pessoas despreparadas para tocar processos ineficientes por tecnologia que automatiza processos eficientes, promovendo menor custo.
“ Estratégia de menor custo substitui pessoas despreparadas para tocar processos ineficientes por tecnologia que automatizam processos eficientes.
5. PERSPECTIVA DAS PESSOAS E ORGANIZAÇÃO
Essa etapa é divida em 3 tópicos:
Cultura Organizacional: A empresa deve obrigatoriamente promover, reconhecer e recompensar seus valores que, ao longo do tempo, formarão um código de conduta incorruptível que servirá como moderador dos embates internos ( que devem sempre ser temáticos e construtivos ) e principalmente, esses mesmos valores determinarão a “personalidade da empresa” no trato com os clientes. Toda a contratação deverá primeiro considerar a aderência aos valores, mesmo que o profissional tenha passado em teste psicológico para, aí sim, aferir os conhecimento e habilidades técnicas exigidas para a função.
“ Empresa sem cultura organizacional não gera confiança, que não gera autonomia, que não cria times de alta performance
Liderança: O conceito que também serve como fundamento básico é compatibilizar o “skill" dos líderes com o desafio da função. Qualquer ajuste "semântico" sobre essa fórmula simples não funciona, gerando apenas frustração e, na prática, a demissão injusta e prematura do profissional recém contratado. Não se atreva a dar para um líder despreparado uma função que seja estratégica e com alta expectativa. Não existe a frase: “vamos aprendendo ao longo do caminho”. Essa frase infeliz é apenas uma farsa comum em qualquer empresa que não tem um RH bem preparado para justificar contratações negligentes, que acabam invariavelmente na demissão do também infeliz que ingenuamente acreditou e aceitou essa falácia.
Capital Intelectual: Toda empresa deve documentar suas melhores práticas. Num ambiente competitivo empresas que as documentam tem um enorme, extremo diferencial competitivo no preço do produto ou serviço, sem comprometer a margem pactuada no orçamento para o ano fiscal. Essa prática também desobriga a empresa a manter líderes que se julgam imprescindíveis, ou seja, aqueles que acham que podem manter a empresa refém do seu conhecimento. É muito comum empresas amadoras virarem reféns de líderes que não documentam suas rotinas. Empresas que permitem que esse amadorismo aconteça não devem ser consideradas empreendimentos, ou seja, essas são as famosas empresas chamadas de “fundo de quintal”.